segunda-feira, 5 de maio de 2014
Amor e bicicleta
O amor é mais ou menos como andar de bicicleta. Quando você a vê, a primeira coisa que sente é vontade de andar, sem se importar com as quedas, com os obstáculos ou afins. Então, você tenta pedalar e até consegue quando tem alguém te segurando; mas quando te soltam, você não acha o equilíbrio e bate o desespero, o coração aperta, a adrenalina corre nas suas veias, você sabe que vai cair e, mesmo assim, não para. A bicicleta balanceia, entorta aqui, entorta ali e, finalmente, você encontra o chão. Dói, dói bastante. Você segura o choro, porque tem gente ali pra te observar, mas, assim que eles viram, você chora. Ou, às vezes, você nem liga se tem alguém pra ver ou não e chora na frente de quem quer que seja. Feridas são abertas na sua pele, feridas feias - em sua grande maioria - e dolorosas. Daí, um anjo vem com um remédio, uma pomadinha e alivia a sua dor; vai cuidando da ferida, vai limpando e te ajudando até que a dor passa, a ferida cicatriza. Você poderia muito bem parar de tentar aprender como andar de bicicleta, mas não o faz, porque tem algo ali que sempre te puxa de volta. Assim é o amor. Você se encanta, vive o amor e sofre pelo fim dele, mas sempre, mesmo com medo, repete esse ciclo a vida toda.
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