domingo, 16 de fevereiro de 2014

Carta de cegueira, ou melhor, amor.

Querido, coração,

Limite? Razão? Que palavras são essas, coração? Por que tu não me ensinaste a agir racionalmente? Amor? Paixão? É isso o que está acontecendo comigo? Sinto-me cega e é tão doce, embora seja fatal. Olho pros lados e os vejo falando sobre como sou, como estou, o que estou fazendo, por que me julgam? Eles não sabem que a paixão nos leva a fazer ...coisas que nós nem sabíamos que poderíamos fazer? Ensina para eles, coração, essa louca aventura que é se jogar em um abismo de sentimento, sabendo que não vai ter colchão para amortecer a queda, sabendo que vai doer mais do que tudo. Já sinto dor quando ele se vai, é tão doído que prometo o céu, as estrelas e até o universo para ele voltar. Eu sei que ele não me pertence - tampouco que ele o queira -, mas pudera eu colá-lo a mim. Mas não posso. Um dia, eu sei que ele vai cansar, talvez quando eu já tiver dado tudo a ele, inclusive o meu coração. Não sei o que vai acontecer, mas sem ele já não posso ser e vivo nessa de promessa, de fingir que sou cega até o dia em que ele for embora, com pressa.

Com amor.
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